Dirty Dancing (um pouco de saudosismo)

Título estranho? Não para quem conhece esse filme e viveu a década de oitenta.

Pois é galera o tempo passa, e como passa!

Hoje, em meu infinito "molho" devido a recuperação da pancada em meu joelho, assisti novamente - depois de anos - esse filme que fez tanto sucesso na década de 80. Patrick Swayze faz o papel de Jonny e é instrutor de dança em um resort e se apaixona pela Baby, personagem da atriz Jennifer Grey (antes da plástica no nariz).

Assistir esse filme me trouxe memórias maravilhosas de uma época em que a música fez muito mais parte de nossas vidas do que hoje em dia. Toda festa, por mais simples que fosse, sempre havia o momento da música lenta, da dança a dois. E quando derrepente a festa inteira te acompanhava em um determinado passo? Era maravilhoso!

Quem nunca viu alguém tentando reproduzir os passos do Michael Jackson em Moonwalker?

Víamos apresentações de dança em festas escolares e de bairro, na TV, em shows, em toda parte, não esquecendo das apresentações Covers de Xuxa e suas paquitas. Foi a Era da dança, dos grupos marcando passos, fazendo coreografias ao som de Madonna, das trilhas sonoras de Dirty Dancing, Flashdance e tantos outros, não esquecendo da lambada.

Sou feliz por ter feito parte dessa década, inclusive na dança. A música e a dança foram parte marcante da minha vida até o início da década de 90. Eu era só uma pirralha que não era nem adolescente nessa época, mas isso não me impediu de vivê-la! Essa era a vantagem de ser a caçula. Querendo ou não, eu vivia na cola das minhas irmãs mais velhas rs.

Vivi da melhor forma que pude os anos que fizeram parte dessa década, mas adoraria ter curtido mais. Foi uma época difícil de certa forma, mas talvez a idade influenciava nessa sensação de felicidade. Vivíamos em um mundo diferente, composto por mais sonhos, simplicidade e fantasias.

Sonhavamos em ser paquitas, ou que o Brandon Walsh de Barrados no Baile era nosso namorado. Era mágico.

E o que falar sobre os brinquedos, programas e ídolos que fizeram a cabeça da meninada dessa década?

Jogar Atari, brincar com pogobol e o iô-iô da coca-cola, assistir aos Trapalhões, Jiraya, Magayver e não esquecendo do Grupo Dominó! Quantas meninas, incluindo eu e minhas irmãs, não fizeram loucuras para ver de perto os gatinhos daquele grupo? Tenho pena da minha mãe que tinha que aguentar a histeria de 3 adolescentes e uma pirralha querendo ver o show deles!

Era uma época em que se dava mais valor a coisas menores e mais simples. Não sei se o resto do país passou pelo mesmo que eu, mas esse era meu mundo. Nossa diversão era curtir um parquinho itinerante que se instalava perto de casa, ou jogar queimada na rua, brincar de pique bandeira, andar de bicicleta e porque não, soltar pipas e jogar bolinhas de gude?

Mesmo que por pouco tempo vivi tudo isso, e garanto que era uma infância/adolescência mais feliz do que a de hoje. Nossa maior preocupação com meninos era se o gatinho da escola iria ou não puxar papo conosco. O auge da paquera era ser convidada para dançar uma música lenta.

Não sou hipócrita querendo parecer que não haviam as coisas bizarras que existem hoje, nem que a gravidez na adolescência, por exemplo, não existia. Existia sim! A diferença é que não era regra, mas sim a excessão.

Eu poderia ficar por horas escrevendo sobre essa época, mas assim ninguém vai ler rs.

Se era bom? Não tenham dúvida. Se deixou saudades? Com toda certeza!

A única que coisa que eu gostaria que acontecesse daqui para frente, era que essa nova geração tão ligada à tecnologia, nessa Era high tech, buscasse entender também que é possível ser feliz com coisas simples e que ninguém precisa ter o último lançamento de celular para que isso aconteça.

Vale mais é o que você carrega no coração e as doces lembranças que levará para sua vida adulta.

Pensem nisso.

Quais são as doces lembranças que você quer ter quando chegar aos 30, 60 ou 90 anos?

Um grande abraço pessoal!